Missão (cumprida): Serra da Estrela.

Estava agendada há já algum tempo no calendário bassare esta experiência de atravessar parte da Serra da Estrela, desde a Lagoa Comprida até Folgosinho, numa distância aproximada de 45km e aparentemente sem dificuldades de maior. Este dia foi preparado ao pormenor, com sucessivas reuniões preparatórias que incluíram Assembleias Gerais Extraordinárias, levantamento topográfico e batedores no terrenos para averiguar a transitabilidade do percurso. Foi tudo pensado ao pormenor, até que o facto, esperem lá, tudo pensado, não, temos de assumir que atendendo ao mês do calendário em que em este dia decorria nunca nos passou pela cabeça enviar um fax ao S. Pedro a providenciar o Bom Tempo. E aqui, assumimos, desde já, o falhanço total da organização. É que o S. Pedro levou a mal não ter sido convocado para planear este dia com os bassares que se zangou de forma tão violenta que foi o que se viu.
Bem, no domingo, 6 de julho, que ficará para sempre na história dos basses saiu de Viseu pelas 7:00, ah, desculpem, 8:00, uma comitiva de 4 carros mais o camião de transporte das bículas em direção à Lagoa comprida. Chegados lá, e depois de aperaltados, a tradicional "foto de família":
- 19 bassares a rolar (incluindo as 3 bassaretes + um convidado internacional) e um que devido a lesão ficou de suporte com o carro de apoio. E ainda a particularidade de termos o basssareandré a estrear a sua nova bike, made in Portugal, montada "à la Carte" e que fez o seu primeiro teste de resistência (se a procurarem bem descobrem-na - segunda em baixo a contar da esquerda).

 Nesta altura, pelas 9H00 ainda não chovia, apenas o frio e o nevoeiro se fazia sentir (tal como se pode ver pelas fotos). Iniciou-se a expedição que, para cumprir a tradição bassare, logo deixou para trás 3 estarolas que ficaram (dizem eles) a tratarem da nossa vida  e obrigando à primeira paragem de controle de tempo à espera que eles aparecessem.
9H15 - Começo a chover!
A partir daqui foi a preocupação constante do nosso Kumandante ter sempre o exército junto e nós tentarmos "remar contra a maré", que é como quem diz: chuva, vento, nevoeiro e frio (muito frio). Se bem que não se visse "um palmo à frente do nariz" percorremos a 3 lagoas e a primeira parte do percurso cumpriu-se no Vale do Rossim. Aqui tivemos que fazer uma pequena alteração à composição do grupo pois o nosso convidado internacional, apesar de ser natural das terras Helvéticas e de estar habituado à neve, não estava a aguentar a chuva e, sobretudo, o frio. Assim temendo-se que o pior do percurso estaria para vir o nosso Nicolas acabou por regressar a Folgosinho mais cedo no carro de apoio.
10H30 - Vale do Rossim
Continuou a chover.
Apanhamos a estrada do alto do "Malhão" e começamos a subir para a "crista do monte", um ermo desamparado, inóspito, sem qualquer vegetação e indícios de vida, inabitável e desprovido de qualquer abrigo, onde a chuva estava tormentosa e o vento fustigava "sem dó nem piedade". Aqui, a juntar a este caldo de mau tempo, juntou-se a fadiga e os ossos encharcados que começavam, em alguns, a dar os primeiros sinais de desalento. A força, a vontade, o querer e a união do grupo fez superar todas estas adversidades e permitiu que todos chegassem a Folgosinho, não obstante os primeiros indícios de Hipotermia e de cansaço que estavam a verificar-se. Aqui, num ambiente que "metia medo", o objetivo principal era ter sempre o grupo o mais junto possível para evitar que alguém se perdesse, e dar alento a quem ficasse mais atrasado. Neste processo de "ajuntamento" os que estavam mais à frente nem podiam esperar parados (devido à chuva e ao frio) de modo que passam o tempo a correr de um lado para o outro (feito maluquinhos). Passamos a casa abandonada dos Serviços Florestais, o marco geodésico (a 1600m) e mais à frente quando chegamos (ao também abandonado) Posto de Vigia começamos a descer a Serra. Aqui, à medida que descíamos em altitude ía subindo a temperatura, o que se notava escandalosamente quando chegamos, por fim, a Folgosinho.
12H30 - Quartel dos Bombeiros de Folgosinho
Uma palavra amiga de agradecimento aos Bombeiros, não apenas por aquele banho quente (acho que nunca tomei um banho que me soubesse tão bem) mas também por nos terem emprestado aqueles super -casacos térmicos fantásticos que nos aqueceram enquanto esperávamos que as nossas madames terminassem o banho, secassem o cabelo, pintassem as unhas, colocassem o rímel e o pó de arroz rsrsrs!!!.
Parte II
13H30 - Restaurante "O Albertino"
Depois de tamanha façanha só mesmo aqui se poderiam repor os níveis de energia, de glicémia e de alcoolemia. Já toda a gente sabe: entradas + 6 pratos + sobremesa + café e digestivos.
...E Cumbíbio! Muito... como sempre.
Não é fácil descrever o que se passou, porque penso que só quem passa por esta experiência é que a pode sentir e vivê-la, mas tentei. Aos que não foram imaginem, porque de certeza que, por mais que nos esforcemos jamais voltaremos a ter uma aventura como esta. E um dia, aos nossos netos, haveremos de a contar, com vaidade, se o Alzheimer deixar.
Seguem fotos (poucas, que o tempo não deixou) do resto que a vossa imaginação (louca) quiser recriar e o pouco que as legendas vos possam descrever.
Camião de transporte de Bikes: é assim que as levamos

Desta vez alguém levou maskote!!! De cor pouco recomendável, mas enfim!
 Paragem para o café da manhã na aldeia do Sabugueiro
 Continua a ver, mas com cuidado, sim?!


EU AVISEI


Artesanato (bem) Português






Olha a perninha!
Bassarete de armas!
Outra bassarete guerreira!
A terceira bassarete meia escondida, mas está lá!
O pastor da serra! Tinha-te dado jeito se a tens levado, não?
Disseram-lhe que tinha boa perna e ficou assim!
E são irmãs, imaginem se não fossem!
Atenção que nem todos os bassares têm asim falta de gosto!

A descarga das bículas
O pessoal a albardar!
E insistem nisto!!!!
Estava a prepara-se,.... o mau tempo!




Nicolas, convidado internacional.
Não nevou mas a chuva era friiiiiinha!
Andre e a bike nova made in Portugal e feita à la carte
O bassare do apoio logístico
Foto de Família I
Foto de Família II
Foto de Família III
Foto de Família IV
My Selfie com o grupo ao fundo! Não podia faltar.
Augusta em pose de campeã!


Bassarete com unha pintadinha mas que faz BTT como gente grande!
A minha mákina chegou ao fim sem furos, sem problemas mecânicos e ajudou-me a passar o "inferno".
 PARTE II
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